UM GOL E TANTO

08/09/2014 03:00:00


 

Técnicos da Vigilância Sanitária em um trabalho integrado na Copa


"Deu tudo muito certo." Com essa conclusão, a farmacêutica e bioquímica Eliane Maria Cardozo, diretora do Laboratório de Controle de Produtos, reconhece o sucesso do trabalho da Vigilância Sanitária, do qual participou durante a Copa. Uma opinião plenamente compartilhada com o superintendente de Alimentos Luiz Carlos Coutinho. "O Laboratório de Controle de Produtos e a Superintendência de Alimentos trabalharam integrados", justifica orgulhoso.

 

O Superintendente de Alimentos
Luiz Carlos Coutinho

 
A Diretora do Laboratório de Controle de
Produtos da Vigilância Sanitária Eliane Maria
Cardozo de Miranda


Com 585 inspeções e 161 autos de infração realizados no Maracanã, em Vilas Olímpicas, em espaços esportivos e de festas, como Marina da Glória, Jockey Clube, Museu de Arte Moderna, Casa da Suíça, na Lagoa, entre outros, o trabalho da Vigilância Sanitária do Rio foi considerado o melhor dentre as 12 cidades-sede no país, segundo balanço de encontro da ANVISA – Agência Nacional da Vigilância Sanitária, em Curitiba.

 

Momento de inspeção


Trabalho foi o que não faltou para essa turma, devido à falta de higiene na estrutura de muitos estabelecimentos, alimentos impróprios para o consumo, temperatura de conservação e veículos inadequados, falta de uniformes. No combate das irregularidades, a inspeção acionava o laboratório, que analisava e dava prontamente os resultados, para depois ser efetuada a fiscalização. "Nosso trabalho também englobou o Centro de Mídia Internacional, que recebeu 4 mil jornalistas trabalhando 24 horas", diz Coutinho.

 

Equipamentos do Laboratório de Análises


Segundo o superintendente em alimentos, algumas tarefas foram mais difíceis, como fiscalizar os produtos que chegavam ao Rio vindos das cozinhas centrais de Juiz de Fora e de Cotia, em São Paulo, impedir que os bares a volta do Maracanã parassem de vender bebida alcoólica 2 horas antes dos jogos e coletar amostras de alimentos dentro do estádio, que não permitia a entrada de veículos. "Nossos técnicos carregaram os instrumentos até nas costas", diz ele, acrescentando: "a gente monitorou muito bem ao desenvolver um trabalho próprio para auxiliar a ANVISA nos aeroportos, rodovias, metrô, barcas, shoppings, restaurantes, centros de treinamento de atletas, etc."

 

"Há dois anos que gente se preparou com ações preventivas e educativas para Copa. Valeu muito para evitar surtos de doenças por intoxicação alimentar", diz Eliane, que no Programa de Monitoramento coordenou 118 coletas e análises de alimentos geradas pelas inspeções. Segundo ela, o Rio foi a cidade que mais deu respostas rápidas com maior número de coletas e análises. "Para as Olimpíadas já estamos adquirindo desde agora equipamentos novos."

 

Para os dois servidores, se as Olímpiadas fossem hoje, a Vigilância Sanitária estaria pronta. A realização da Copa do Mundo no Brasil trouxe, para a área de Saúde, a capacitação e a experiência na montagem de estrutura para poder receber grandes eventos. De qualquer forma, Coutinho admite que a equipe pode ser aumentada diante da multiplicidade dos equipamentos para os jogos olímpicos. "Com a pulverização dos fornecedores e empresas alimentares o trabalho vai ser maior." Eliane também considera que o laboratório precisa ser mais automatizado para responder mais rápido a um número maior de análises.

 

Enquanto as Olimpíadas não vêm, Coutinho e Eliane compartilham os bons resultados que a Vigilância Sanitária mostrou na Copa. O que se deve, segundo eles, ao empenho e a dedicação dos fiscais e técnicos e à integração com comitês organizadores, administradores dos estádios, agentes da ANVISA e órgãos da prefeitura.