Forte Duque de Caxias

18/08/2014 03:00:00


 

 

O nome Forte Duque de Caxias foi adotado a partir de 1935
 

Entre 1776 e 1779, o Vice-Rei Luís de Almeida Portugal, preocupado com uma iminente invasão espanhola (que de fato aconteceu em 1777), ordenou a construção de um pequeno forte para defesa de qualquer desembarque naquele trecho ao Sul da cidade (atual Leme). Na época, a fortificação ficou conhecida como Forte do Vigia. Porém, em 1791, por razões de economia, o Vice-Rei D. José Luís de Castro determinou a retirada de sua guarnição.

Foi somente na Guerra da Independência (1822-1823), que o forte foi novamente ativado e guarnecido com cinco peças de ferro de diversos calibres. Em 1831, foi novamente desguarnecido junto com todas as demais fortificações brasileiras, no Período Regencial. A partir daí, após a Proclamação da República, em 1895, que a construção ganhou o nome de Forte do Leme. Essa história volta a ganhar novos capítulos em 1913, quando as obras do Forte de Copacabana estavam quase concluídas e o então Presidente da República, Hermes da Fonseca, determinou que fosse erguido no local uma moderna fortificação para a defesa da barra da baía de Guanabara.

 

Após sua conclusão e aprovação, o projeto foi enviado para a Krupp (Alemanha), para fins de atualização e orçamento. A partir disso, os alemães fizeram um novo projeto para que fosse executado com peças de concreto pré-moldadas na própria Alemanha, sob medida para a estrutura. Porém, durante a construção houve um episódio inusitado. Em pleno 7 de setembro de 1915, em comemoração ao dia da Independência, seriam inaugurados os holofotes no alto do morro do Leme. Para isso, promoveu-se um ataque noturno simulado ao Rio de Janeiro, tendo as embarcações da Armada Brasileira se passando pelas da Marinha da Argentina. Na hora estipulada para o exercício, que contava com a presença do Presidente da República, Venceslau Brás, ministros e autoridades, a instalação elétrica falhou, deixando os holofotes apagados. Tal falha causou tamanho constrangimento, chegando a ser repercutido na imprensa do país vizinho.

 

Uma grande reforma aconteceu no espaço em 2009


Outro momento que merece destaque aconteceu durante a Revolução de 1930, quando o Forte participou da ação de interceptação do navio alemão Baden, que tentava abandonar o porto do Rio de Janeiro sem permissão. Ignorando as ordens de rádio para retornar ao porto, forçou a barra da baía de Guanabara, recebendo dois tiros de advertência do Forte. Ao insistir na manobra, foi então alvejado por um tiro que lhe destroçou o mastro principal, obrigando-o a retornar. O incidente causou repercussões internacionais na época.

 

Já em 1935 aconteceu uma mudança que dura até hoje. Através do Decreto n° 305 de 22 de julho, assinado pelo então presidente da República, Getúlio Vargas (1930-1945), o novo nome da fortificação passou a ser Forte Duque de Caxias, uma homenagem ao Patrono do Exército, Luís Alves de Lima e Silva (1803-1880). Avançando um pouco pela história, já falando em 2009, teve início um projeto de revitalização das dependências do antigo forte. Ele reabriu as suas portas ao público em 24 de setembro de 2010.

 

Entre as obras então efetuadas destacam-se a impermeabilização total da laje de cobertura, a instalação de rede elétrica independente, a reforma de banheiros, salas e galerias, iluminação da fachada e sinalização. O espaço passou a contar ainda com um memorial a Caxias, galerias com exposições fixas sobre a história do forte, sala de vídeo com exibição de filmetes, e espaço para a realização de exposições temporárias. Sem dúvida, um Ponto Carioca que entrou no roteiro de lazer do carioca e dos turistas como um dos cartões-postais da cidade e que merece sua visita!


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