A Confeitaria Colombo foi inaugurada em 1894

Já são mais de 100 anos oferecendo doces, salgados, cafés, chás e sucos, além de pratos inspirados nas culturas portuguesa, espanhola e brasileira. Sabores únicos que tornaram a Confeitaria Colombo em uma das mais respeitadas casas comerciais do país. Na verdade, mais que isso: ela se tornou um verdadeiro patrimônio cultural e artístico da cidade. Afinal, não se pode contar a sua história sem associá-la à história urbana do Rio de Janeiro. 

Hoje um dos principais pontos turísticos do centro histórico do Rio, a Confeitaria Colombo surpreende a todos que a visitam não só pelos seus produtos. Sua arquitetura impressiona e permite que todos tenham uma ideia de como foi a Belle Époque na capital da República no fim do século XIX. Um pouco mais tarde que isso, entre 1912 e 1918, os salões do interior da confeitaria ainda foram reformados, ganhando um toque Art Nouveau, com enormes espelhos de cristal trazidos da Antuérpia, emoldurados por elegantes frisos talhados em madeira de jacarandá. Já os móveis de madeira do interior foram esculpidos na mesma época pelo artesão Antônio Borsoi.

Recentemente, a Confeitaria Colombo foi eleita como um dos 10 mais belos cafés do mundo (veja aqui).

Entre os clientes famosos da confeitaria estão Chiquinha Gonzaga, Olavo Bilac, Rui Barbosa, Villa-Lobos, Lima Barreto, José do Patrocínio, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, entre muitos outros. Por falar nisso, uma curiosidade é que a confeitaria contou com apresentações do genial compositor Villa-Lobos, que ainda adolescente, tocava piano aos clientes enquanto a mãe trabalhava como engomadeira na casa.

Desde a fundação da confeitaria, feita pelos imigrantes portugueses Joaquim Borges de Meireles e Manuel José Lebrão, muita história aconteceu naqueles salões. Para registrar tudo isso, foi criado um espaço para receber esse belo acervo. O Espaço Memória conta com: baixelas de prata portuguesa, louças da Cia Vista Alegre, mais de 500 cardápios antigos, fotos e embalagens de produtos comercializados pela confeitaria no século passado. Criado em 2002, o local pode inclusive ser reservado para eventos com até 30 pessoas. Já os casais que desejam celebrar a união neste ambiente histórico, é possível realizar cerimônias de casamento e recepção no requintado salão superior. A grande procura fez com que as vagas aos sábados estejam disponíveis apenas para 2015.

Só o atendimento diário atinge a média de 3 mil pessoas

Entre os campeões de vendas da confeitaria está o Quindim de Camisola, uma homenagem às docerias brasileira e portuguesa. O doce é envolvido por uma "camisola" preparada com massa folhada similar ao pastel de Belém. Por dentro, recebe um generoso recheio de quindim. Por falar nos produtos, vale lembrar que as três cozinhas-fábricas situadas na matriz produzem mais de 2 mil doces e salgados diariamente. Os cardápios são elaborados sempre como uma nova versão dos menus tradicionais da Colombo, valorizando sempre o preparo artesanal diário. Aliás, modismos como o cupcake, por exemplo, não têm espaço na confeitaria. O cardápio clássico compõe a verdadeira identidade da confeitaria considerada Patrimônio Histórico do Rio de Janeiro.

Filial da Confeitaria Colombo em Copacabana

Em 1944, a tradicional casa abriu uma filial em Copacabana, na esquina da Avenida Nossa Senhora de Copacabana com a Rua Barão de Ipanema, que funcionou até 2003, quando se mudou para o Forte de Copacabana. A loja atualmente é ocupada por uma agência do Banco do Brasil, nomeada Colombo em homenagem à confeitaria. A Confeitaria Colombo possuiu ainda uma segunda filial no Barra Shopping, localizada na praça de alimentação Rio Antigo. Inaugurada em 1992, a loja possuía vitrais projetados por Burle Marx, porém foi fechada ainda na década de 1990.

Confeitaria Colombo
www.confeitariacolombo.com.br/
Rua Gonçalves Dias, 32
Centro – Rio de Janeiro