Cilene Oliveira: "nosso objetivo é contribuir para fazer do Rio, efetivamente, uma cidade de leitores"

Desde fevereiro de 2011, após a assinatura do Decreto nº 33.444, dezesseis bibliotecas populares municipais, que faziam parte da Secretaria Municipal de Cultura, passaram a integrar a rede de unidades escolares da Secretaria Municipal de Educação. Com a mudança, a Gerência de Mídia-Educação da SME deu início a um novo processo, desenvolvendo uma integração destes espaços ao programa "Rio, uma cidade de leitores". Com isso, foi adotado o nome de Bibliotecas Escolares Municipais (BEM).

Com uma abrangência que vai de Paquetá a Santa Cruz, as Bibliotecas Escolares têm seu foco voltado para os alunos da rede de ensino e os seus familiares, além de também estarem acessíveis aos moradores das localidades e até outras escolas. Segundo Cilene Oliveira, assistente da Gerência de Mídia e Educação, o programa também facilita a integração entre pais e filhos: "ler com e para os filhos acaba sendo um motivo para estreitar os laços na família. Os pais sempre aceitam o convite para participar dos nossos eventos, o que é ótimo. Através de espaços dinâmicos, atraentes e com uma rotina de leitura literária, essa aproximação é reforçada. Nosso objetivo é contribuir para fazer do Rio, efetivamente, uma cidade de leitores".

Entre as ações realizadas nas Bibliotecas estão ainda outros projetos, como o projeto Entrelinhas, da professora Silvia Castro em parceria com o SESC, e o projeto Lendo Com Meu Filho, iniciado na BEM de Copacabana pela bibliotecária Adriana , mas que é um projeto para todas as outras. A bibliotecária Angela, de Copacabana, relata que "os pais são fundamentais no incentivo dos filhos à leitura e que os nossos pequenos mais frequentes são justamente os que têm o pai ou a mãe acompanhando".

Porém, Cilene conta que o cuidado com a própria equipe de bibliotecários é um fator diferencial para uma boa realização do trabalho. "Uma vez por mês, realizamos reuniões temáticas com convidados que falem da área administrativa, da biblioteconomia, de práticas de mediação de leitura, entre outros. Buscamos envolver a nossa equipe, pois acreditamos que um formador de leitores também deve ser um leitor. Consequentemente, as bibliotecas passaram a ser mais procuradas por profissionais da área para eventos e projetos em seus espaços, o que demonstra reconhecimento à dedicação de todos. Para mim, até por ser bibliotecária e professora, é uma grande satisfação fazer parte deste processo. A biblioteconomia é a minha paixão."

Além da leitura, as bibliotecas ainda realizam encontro com autores, produzem exposições de pintura, arte, teatro, tudo a partir do trabalho dos alunos e dos bibliotecários. "Os trabalhos sempre superam as expectativas, tanto dos meninos quanto da nossa equipe. Um bom exemplo disso é a bibliotecária autora Cláudia Gomes, da Biblioteca Escolar Municipal do Grajaú, que lançou o livro "O sumiço do macaquinho" na Bienal deste ano. Foi um sucesso! Aproveito para fazer aqui um convite para que todos os servidores conheçam as Bibliotecas Escolares e tornem-se sócios da unidade mais próxima. Para conhecer os endereços das 16 Bibliotecas e acompanhar a programação mensal de todas elas, basta acessar www.bemrj.blogspot.com.br. De segunda a sexta, das 9h às 17h, as Bibliotecas Escolares estão de portas abertas para todos", finaliza Cilene.