Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Vigilância Sanitária lança campanha contra massacre de macacos

21/02/2018 09:51:00


A Vigilância Sanitária inicia nesta quarta-feira (21/02), no Parque da Catacumba, a campanha "O macaco não é só vítima, mas um grande aliado no combate à febre amarela", para conscientizar a população carioca sobre o perigo que a cidade corre se a matança dos macacos continuar.  A campanha conta com placas, cartazes e folhetos para serem distribuídos à população e afixados em parques e trilhas da cidade, orientando a não matar os animais e nem tocá-los, bem como informativo com orientações para profissionais que trabalham nesses locais. A iniciativa inclui distribuição e orientação de médicos veterinários a visitantes e moradores do entorno sobre o comportamento dos primatas e a importância de não agredi-los.

 

Já são 170 primatas encontrados mortos no município e 325 em todo o estado, sendo 53,5% vítimas de agressão humana, como espancamento e envenenamento. O número já ultrapassa a metade de todo o ano passado, quando foram encontrados 602 animais mortos, sendo 41% vítimas de agressão.

 

Além de serem vítimas de um massacre, o que é crime ambiental previsto em lei, os primatas são os sentinelas do vírus da febre amarela, já que o monitoramento desses animais facilita a detecção precoce da presença do vírus, evita a disseminação da doença e facilita a elaboração de medidas de controle e prevenção, como a vacinação e o combate ao vetor.

 

Por meio desse monitoramento, realizado pelas equipes de zoonoses da Vigilância Sanitária, o vírus ainda não entrou no município. Mas se a matança de primatas continuar, não haverá animais para serem monitorados, o que aumenta o risco de entrada do vírus.

 

Além de alertar sobre a matança dos animais, a campanha também orienta sobre a importância de não tocar em primatas encontrados mortos e acionar, imediatamente, os técnicos da área de zoonoses do órgão, por meio da central de atendimento 1746, para recolhê-los e evitar a contaminação de doenças virais que pode acontecer mesmo com o animal sem vida.

 

Desde o início do ano, técnicos de zoonoses estão monitorando primatas encontrados mortos no município do Rio de Janeiro e ainda não encontraram ameaças à saúde da população. No entanto, o órgão alerta para a necessidade de quem encontrar ligar para o 1746 e solicitar o recolhimento de macacos e saguis por um dos técnicos, para que seja realizada a coleta adequada do material, de modo a não comprometer a realização do exame. Por isso é muito importante não tocar no animal morto ou caído.

 

Primatas não humanos frequentemente morrem por causas diversas, como traumas, doenças infecciosas e parasitárias. Mas a febre amarela é hoje o grande desafio para a saúde pública e essas ações do órgão, com a finalidade de detectar precocemente a circulação viral, enquanto apenas animais silvestres são acometidos, previnem que chegue aos seres humanos.

 




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