Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Diário Oficial foca na web e gera economia de R$2, 5 milhões por ano

10/10/2017 14:30:00


Esta quarta-feira (11) encerra uma etapa e começa outra para o Diário Oficial da Prefeitura do Rio de Janeiro. O veículo em formato de tablóide deixa de ser impresso e passa a focar em sua versão virtual, acompanhando uma tendência em outras cidades e países e gerando uma economia de R$ 2, 5 milhões por ano.
 
- A decisão de encerrar a distribuição do impresso foi tomada pelo prefeito. Partindo das premissas de atenção aos objetivos de sustentabilidade da ONU e da economia. A impressão custava R$180 mil por mês aos cofres públicos, explica Fábio Pimentel de Carvalho, presidente da IplanRio/Empresa Municipal de Informática S/A.
 
A mudança não trará demissões para as áreas envolvidas em logística e impressão já que todos os servidores serão absorvidos por outras áreas da Prefeitura. O Rio é uma das primeiras cidades no Brasil a adotar a medida, confirmando uma iniciativa da gestão em apostar na tecnologia para diminuir custos e agilizar serviços, como funcionou no novo alvará de habitação. A Prefeitura busca também desburocratizar a vida do cidadão.
 
- Hoje, fala-se muito em legado. E este é um ato muito simbólico para um ecossistema equilibrado, ainda mais na data em que acontece. Sinaliza uma mudança forte de hábito. Os recursos que vamos poupar serão usados em outras áreas mais importantes. E avançaremos mais, tornando os processos digitalizados para reduzir o consumo de papel e avançando também na desburocratização - comemora o prefeito Marcello Crivella.
 
O carioca, que conta há três anos com o Carioca Digital, vai poder continuar com a web como parceira da gestão municipal. Carvalho lembra também que o layout do Diário não sofrerá modificações.
 
- O que muda é que ao invés do papel, o site do Diário Oficial passa a ser a referência da sua autenticidade. E lá temos uma busca por termos e um arquivo de quase dez anos. Vamos continuar publicando a meia noite de domingo e às 4h dos demais dias da semana. A versão de hoje funciona mobile ou desktop, afirma o presidente da IplanRio.
 
O presidente da Empresa Municipal de Informática (Iplanrio), Fábio Pimentel, afirma que o fim da versão impressa representa a quebra de uma tradição, uma mudança de paradigma, pois “a validade e a originalidade do documento seguem garantidas pelo certificado digital gravado na primeira página de cada edição. Este é o DNA do arquivo que permite folhear digitalmente o D.O. e baixar páginas de interesse”, explica Pimentel.
 
O movimento da Prefeitura segue uma tendência nacional iniciada há quase dez: a de eliminar o uso do papel em publicações oficiais, com a versão impressa do Diário Oficial já extinta em sete estados. O primeiro foi o Paraná, em 2009, seguido por Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Mato Grosso e São Paulo, onde a iniciativa foi adotada em diversas cidades, incluindo a capital, e chegou até ao Distrito Federal.
 
No caso do Rio, com fim da versão impressa do D.O. que circulou por 30 anos, deixarão de ser consumidas, em média, sete toneladas de papel por mês ou 84 toneladas por ano. Desde a primeira edição, distribuída em 16 de março de 1987, foram mais de 2.500 toneladas de papel gastas na produção do veículo oficial da Prefeitura. O “Diário Eletrônico”, disponibilizado na internet desde 29 de maio de 2012, pode ser consultado diretamente no link doweb.rio.rj.gov.br ou pelo Portal da Prefeitura. Nele, o cidadão tem acesso a leis, atos normativos, administrativos e resoluções legais do Executivo Municipal.
 
Com a medida, a Prefeitura deixa também de contribuir com uma indústria que causa impactos ambientais e tem a imagem ligada a muitas tragédias, como o rompimento do reservatório da Indústria Cataguases de Papel, na Zona da Mata mineira, em 2003, quando 1,2 bilhão de dejetos químicos foram despejados no Rio Pomba, um dos maiores afluentes do Rio Paraíba do Sul.
 

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