Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Oito mestres marceneiros produzem e reformam mobiliários de escolas da rede municipal

22/10/2014 14:31:00  » Autor: Juliana Romar/Fotos: Ricardo Cassiano


Martelos, pincéis, pregos, madeiras e ferros são alguns dos materiais de trabalho usados diariamente pelos oito artífices - mestres em carpintaria, marcenaria, pintura e solda - da Subgerência de Material e Equipamento da Secretaria Municipal de Educação. A equipe atua na confecção, manutenção, recuperação e reposição dos mobiliários e equipamentos das 1.673 unidades de ensino da rede municipal, buscando compor um ambiente propício às atividades escolares. 

 

 

 

- Toda a equipe trabalha engajada e todo mundo faz parte de todos os processos. Mas o que eu mais gosto de fazer é trabalhar na montagem de mobiliário escolar, principalmente nas mesas e cadeiras de crianças bem pequenininhas. É a parte do trabalho que dedico mais carinho e cuidado, pois sei que se não lixar direito ou ficar alguma beirada as crianças podem se arranhar e se machucar. E isso não pode acontecer de jeito nenhum! – contou o artífice Sérgio Ignácio Coelho, 59 anos, há 38 anos na prefeitura, destacando alguns momentos que considera relevantes na carreira:

 

 

 


- Já trabalhei fazendo a entrega de material e é muito gratificante chegar na escola e ver a felicidade das crianças com tudo novinho. Elas vibram e isso me dá um orgulho enorme. Outra coisa muito bacana foi um agradecimento de uma escola que foi publicado há muitos anos no Diário Oficial. É o reconhecimento do nosso trabalho. 

 

 




É de um pequeno galpão localizado em São Cristóvão que saem por mês mais de três mil peças, como mesas, cadeiras, prateleiras, portas, cestas de lixo, letreiro, murais, quadros brancos, etc., além de móveis adaptados para a Classe Especial, voltados para portadores de deficiências. 

 

 

Atualmente, entre as demandas mais solicitadas pelas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), o destaque vai para a confecção de letreiros que carregam o nome da escola na fachada do prédio e acabam se degradando com o tempo, principalmente em função das condições climáticas. Para a subgerência, o lema é "antes de comprar, veja se nós podemos lhe ajudar!". 


 


- Nossa missão aqui é fazer a manutenção e o resgate do material da maior rede de ensino da América Latina. Aqui, recriamos e reformamos materiais que atualmente não vemos mais nas escolas, pois a modernidade vai chegando e essas peças mais antigas vão ficando para trás. Mas, muitas diretoras são conservadoras e ainda preferem trabalhar com peças de madeira, como, por exemplo, lixeiras e papeleiras – disse a subgerente Daisy Cantuária.

 

 

 

Além de mexer com madeira, fórmica e ferro, os trabalhadores estão começando a aprender a trabalhar com um novo material chamado termoplástico, que quando exposto ao calor pode ser moldado e remodelado. O novo material já faz parte de alguns mobiliários mais modernos, utilizados principalmente nos Espaços de Desenvolvimento Infantil e em escolas recém-construídas.

 

 


Gilmar José dos Santos, 55 anos, artífice há mais de 22 anos naquele local, explicou o que o motiva a trabalhar no mesmo lugar há tanto tempo:

 

 

 


- Gosto muito do que faço e acho um trabalho muito importante, pois além de melhorar o ambiente escolar, nossos materiais são de muita qualidade e é um patrimônio que vai ficar por muito tempo na escola.

 


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