A Prefeitura do Rio e a Shell do Brasil inauguraram, nesta quarta-feira (10/09), o primeiro campo de futebol comunitário do mundo iluminado com a energia de placas cinéticas. O campo, no Morro da Mineira, possui 200 placas subterrâneas. A experiência inédita armazena a energia criada pelo movimento dos jogadores e produz eletricidade renovável, com o apoio de painéis solares, localizados à beira do gramado sintético. A solenidade contou com a presença de Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, para delírio das crianças que acompanharam a cerimônia.

A presidente do Instituto Pereira Passos (IPP), Eduarda La Rocque, elogiou a parceria:

— A gente acredita que as parcerias públicos-privadas fortalecem a ideia de uma cidade sustentável. Essa iniciativa é mais um passo dado em direção à integração dessa cidade. É um equipamento que nos enche de orgulho.

A parceria entre o Rio+Social, do Instituto Pereira Passos, e a Shell do Brasil, que permitiu a construção do novo espaço de lazer na Mineira, prevê que a manutenção do campo soçaite ficará sob a responsabilidade da empresa por cinco anos, sob a supervisão da Associação de Moradores do Morro da Mineira. O local foi escolhido para realizar a experiência por quatro motivos: as dimensões do campo, a acessibilidade para a realização da obra, o tipo de gramado e a intensidade de uso do espaço.  

A energia cinética é utilizada em shoppings, aeroportos e escolas em outras partes do mundo. O idealizador do projeto, o inglês Lawrence Kemball-Cook disse que a ideia surgiu há cinco anos, quando estava em uma estação de trem e percebeu que o movimento de centenas de pessoas poderia gerar energia. Ele venceu o concurso ‘Jovem Empreendedor do Ano 2011’ da Shell Live Wire Uk. O projeto ‘Morro da Mineira’ é parte do programa ‘Make The Future’ da Shell, que visa inspirar os jovens e empreendedores a olhar a ciência e a engenharia como opções de carreira.

O presidente da Shell no Brasil, André Araújo, disse que demanda de energia é uma das preocupações da Shell:

— Até 2050, o mundo estará utilizando 75% mais energia do que usa atualmente. Atender essa demanda extra irá exigir um conjunto de fontes energéticas e uma nova geração de cientistas e engenheiros com paixão, ideias e inovação para desenvolvê-lo.

Já Pelé fez um apelo para as crianças cuidarem do novo espaço:

— A questão, agora, é cuidar. No meu tempo de criança não tive essa oportunidade que as crianças da Mineira estão tendo. Com esse pontapé, nós vamos trabalhar para ter muitos cientistas brasileiros, assim como temos jogadores de futebol.