A Secretaria Municipal de Habitação lançou no último sábado, dia 4, o Morar Carioca Verde nos Morros da Babilônia e Chapéu Mangueira, no Leme. As intervenções nas comunidades serão apresentadas pela Prefeitura como modelos em práticas de sustentabilidade na Rio+20, conferência internacional a ser realizada no Rio de 4 a 6 de junho de 2012 (20 anos depois da Rio-92). As localidades serão beneficiadas com soluções ambientais que envolvem implantação de infraestrutura, acessibilidade e construção de habitações. As iniciativas serão executadas pela primeira vez em favelas, áreas onde residem as populações mais vulneráveis às mudanças climáticas. No encontro, diversos países debaterão temas como sustentabilidade e combate à pobreza e às desigualdades.



Entre as medidas que serão adotadas nas comunidades do Leme se destacam a utilização de materiais alternativos que não impermeabilizem o solo, como piso drenante e microjardinagem. Outras iniciativas envolvem iluminação pública em LED, coleta seletiva de lixo e aquecimento solar. Na construção do primeiro empreendimento com oito apartamentos está prevista a utilização de estrutura metálica reciclada, tijolo ecológico, reuso das águas das chuvas e dos esgotos tratados nos vasos sanitários, aquecimento solar e medidores individuais de água.



Nas obras do Morar Carioca na Babilônia e no Chapéu Mangueira, a Secretaria Municipal de Habitação está investindo R$ 43,4 milhões. Pacificadas com a presença de uma UPP, as duas comunidades foram escolhidas como projeto-piloto pelo fato de estarem localizadas em uma área de encosta e de proteção ambiental. Trabalhando em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e com a ONU-Habitat, a proposta da Prefeitura é que as práticas de sustentabilidade adotadas na Babilônia e no Chapéu Mangueira sejam aplicadas em grande escala em outras áreas carentes que serão beneficiadas pelo Programa Morar Carioca, que tem o objetivo de urbanizar todas as comunidades da cidade até 2020.