Campo de Santana recebe ação de conscientização sobre doação de órgãos

O Hospital Municipal Souza Aguiar, em parceria com a Fundação Parques e Jardins, realizou uma ação de conscientização sobre doação de órgãos, no Campo de Santana, nesta quarta-feira, 07.

Segundo Luiz Gustavo Torres, enfermeiro da Coordenação de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Hospital Municipal Souza Aguiar, o objetivo é informar a população sobre a doação: "A boa informação sobre o assunto é essencial para esclarecer a população e acabar com o preconceito. Para algumas pessoas, é difícil entender/aceitar que, atestada a morte encefálica, aquele indivíduo pode ser um doador de órgãos. E você não precisa deixar nada escrito. Basta ter sinalizado em vida esse desejo a seus familiares e na hora, claro, eles respeitarem a vontade do morto em questão autorizando a doação", explica Luiz.

Esta é a segunda vez que o Souza Aguiar realiza a ação. No ano passado, ela foi feita dentro do próprio hospital. Desta vez, o evento foi fora dos muros do hospital para envolver um maior número de pessoas: "Como a informação é essencial nesse processo, quisemos atingir um maior número de pessoas. Escolhemos o Campo de Santana porque, além de vizinho nosso, é um local de muita concentração e passagem de pessoas", contou Luiz dizendo ainda que, na última década, o número de doação  cresceu no país e o Rio de Janeiro, inclusive, foi onde houve o maior crescimento nos últimos três anos.

Para a vendedora Isadora Brito, de 26 anos, a ação foi muito positiva: "Eu nunca conversei com minha família sobre o assunto. Mas, acho importante apoiar essa causa. Quero ser uma doadora, sim."  A dona de casa Aline Lima, de 25 anos, que mora no Bairro de Fátima e sempre frequenta o Campo de Santana, ainda falta informação sobre o assunto: "Sou nova mas sei que isso pode acontecer comigo e com qualquer pessoa, qualquer família. Por isso, acho importante se falar muito sobre o assunto para acabar com o medo e com o preconceito. Algumas famílias, até por questões religiosas, são contra a doação. Mas ela é muito necessária. Aprendi hoje que a gente só precisa conversar e deixar isso claro aos nossos familiares para que eles autorizem a doação".

O presidente da Fundação Parques e Jardins, Wellington Ribeiro, ficou feliz com a boa repercussão da ação: "Um assunto tão delicado e importante como esse precisa ser falado, discutido e entendido pela população. Informação, conscientização é que geram bons resultados. Estamos todos juntos nessa campanha em prol da doação de órgãos."